Muitos daqueles que vivenciam as operações diárias no mundo empresarial, cada vez mais reconhecem o enorme potencial do RPA em diversos setores e/ou áreas de negócio.
O RPA, sem qualquer sombra de dúvida, é uma tecnologia disruptiva que permite às empresas rever e automatizar processos, que normalmente seriam executados por pessoas, com um impacto significativo, tanto no resultado operacional, como na performance, de qualquer tipo de organização.
O RPA aplicado ao retalho automatiza e aperfeiçoa o fluxo de trabalho da maioria das tarefas repetitivas, monótonas e pouco eficientes, como, por exemplo, a gestão dos inventários, o “engagement” dos clientes, a gestão dos programas de fidelização, a emissão das faturas, o encaminhamento das reclamações de clientes e a automatização dos relatórios operacionais.
Todavia, numa base diária, ouvimos falar das emergências relacionadas com o retalho, onde o chamado “comprador milenar” tem expectativas elevadíssimas, relativamente às experiências de compra e venda.
Devido a isto, os retalhistas são obrigados a rever ao mais ínfimo pormenor cada aspeto de melhoria relativo à jornada do cliente. Estes pormenores incluem o preço, o “mix” de produtos, a distribuição dos mesmos, hábitos de consumos, entre tantos outros.
Além disso, devemos sempre lembrar que o objetivo final de cada retalhista é maximizar as margens libertadas com as vendas dos produtos, que a princípio parece tudo muito simples e descomplicado, contudo existem questões pertinentes que pairam e anseiam por respostas, tais como: Por que os consumidores são tão inconsistentes? Por que os retalhistas que se habituaram aos lucros de proporções consideráveis, estão agora a enfrentar uma erosão constante das margens?
A resposta está relacionada com a perda da sua relevância devido à falta de:
- Inovação na busca de produtos diferenciados;
- Eficácia na geração de lucros quando escalam na quantidade dos produtos, e;
- Principalmente, de otimização da sua força de trabalho.
Todos os retalhistas que ambicionam ser cada vez mais essenciais aos seus clientes, mais eficientes e otimizados, ao nível das diversas áreas funcionais do seu negócio, estão a implementar o RPA em muitos departamentos, pois os níveis, tanto de repetição, como volumetria, dos processos inerentes às vendas ao retalho nas vertentes, quer “online”, quer “offline”, é de tal ordem elevado que o RPA, além duma ferramenta poderosíssima, endereça plenamente a necessidade imperativa de automatizar tudo que for possível.
RPA É ESSENCIAL AO RETALHO?
O retalho é, basicamente, a última etapa duma cadeia de valor, bastante longa e complexa, para o abastecimento de bens de consumo, que, via de regra, acumula custos adicionais ao longo da sua execução, que podem aumentar significativamente devido a diversos fatores. Daí, toda e qualquer tecnologia que possa otimizar os custos associados à cadeia de abastecimento e potencializar as margens de lucro é sempre bem-vinda e, neste contexto, o RPA pode efetivamente fazer a diferença, entre um negócio rentável e outro ineficiente, com margens cada vez mais reduzidas.
O RPA aplicado no setor retalhista automatiza e suporta várias funções / atividades, tais como: gestão do inventário, tratamento das devoluções, planeamento do abastecimento das lojas, conferência das faturas, bem como das entregas.
Outras funções menos conhecidas ou valorizadas estão relacionadas com o suporte nas múltiplas tarefas do escritório, tais como, gestão dos recursos humanos, em termos de vencimentos, escalas de horários, assiduidade, formação e incentivos. E mais, na contabilidade e no departamento financeiro pode-se automatizar atividades relacionadas com lançamentos massivos de compensações contabilísticas, reconciliação bancárias, gestão do fluxo de caixa, preparação de auditorias, gestão das contas a pagar e a receber.
É inegável o facto de que o sucesso do segmento do retalho prende-se, essencialmente, ao escrutínio de vários aspetos do negócio, sendo este potencializado pela automatização dos processos de elevada complexidade e/ou das tarefas mais simples, com alto nível de repetição e muito pouco valor acrescentado para quem as executam.
QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS DO RPA PARA O RETALHO?
A RPA aplicada ao setor retalhista permite às organizações uma restruturação de todas as tarefas que são percecionadas ou consideradas complexas, tais como atividades de regulamentação de “compliance” e de auditoria.
Menor riscos de entrega | Procedimentos “compliance” | Gestão de inventários | Integração de aplicações |
Apoio ao cliente | Suporte multi-tarefas | Procedimentos de auditoria | Custos otimizados |
A partir do momento que estas atividades são automatizadas, os empregados podem ser libertados para desempenhar funções estrategicamente mais relevantes, e que promovem mais facilmente o seu e o bem-estar no seio empresarial onde estão inseridos.
CONCLUSÃO
Segundo um estudo conduzido pela Forrester, em maio de 2020, chegou-se à conclusão de que, aproximadamente, 50% das empresas ao nível mundial irão adotar tecnologias RPA no seu processo de Transformação Digital com os seguintes fins:
- Aumentar a agilidade, diversidade e resiliência nas suas operações da cadeia de abastecimento;
- Fazer face às extraordinárias pressões provocadas pelos custos;
- Apoiar forças de trabalho remotas.
Por conseguinte, é fundamental que empresas proporcionem oportunidades de “reskilling” e “upskilling” na automatização de processos aos seus empregados, no sentido de adquirirem os conhecimentos e as competências necessárias para prosperarem no futuro do trabalho e, assim, maximizar o potencial dos investimentos em automatização.
Pelo exposto, a adoção da Automatização Inteligente de Processos, será fundamental para conferir às empresas, independente do setor de mercado, tanto vantagem competitiva, como aumentar o bem-estar corporativo da sua força de trabalho.